quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Novo golpe/469 anos

Apesar do título sugerir o contrário, são assuntos separados:


1 - Quando a gente menos espera, é quando eles aparecem. Pensam que, por ser aposentado – e, consequentemente, idoso – eles têm acesso irrestrito à minha credibilidade. E, como dizem que parte da culpa das vítimas de estelionato é delas mesmas, creem ter em mim um cúmplice.

 

Pois bem. Telefone fixo. Alguém que se identificou como Antônio Gomes da Silva e funcionário da loja Magalu do centro de Curitiba ligou ontem à noite e disse que um tal de Diego Martins Ribeiro, que alegou ser meu sobrinho, tinha tentando comprar uma TV (no valor de R$ 1.750,00) com um cartão de débito do Banco do Brasil associado ao meu CPF (cujo número ele disse). Avisou que a loja não aceitou a compra e sugeriu que eu entrasse em contato com o banco, para resolver a questão do cartão clonado.

 

Logo em seguida, ligou João Vitor, da mesma loja, contando a mesma história, mas mudando a TV para um micro-ondas (R$ 398,76) e alegando que a tentativa tinha sido pelo site – como se as compras pela internet e na loja física tivessem interligação. Sugeriu que eu entrasse em contato com o BB através de um ramal interno da Magalu (!!!), que minha ligação tinha de ser imediata porque o praxe da loja era bloquear até duas compras, mas a terceira era simplesmente autorizada.

 

Eu disse que ligaria em seguida – que raio de ‘ramal interno’ eu aceitaria usar, oras? Mesmo se tentasse ligar do meu telefone, porém, a polícia nos ensina que os golpistas seguram a ligação por cinco minutos, de modo a que você, se usar o telefone imediatamente, continua nas garras deles. Portanto, se fosse ligar, seria bem depois.

 

E houve ainda uma terceira ligação, também na sequência, denunciando a tentativa de compra de uma cafeteira. Minha mulher, que atendeu, avisou que abriria um boletim de ocorrência para denunciar o que estava acontecendo na loja e pediu o nome dele (ele repetiu Antônio Gomes da Silva e disse que era gerente da Magalu) e o telefone para contato, e ele deu um telefone de outro lugar. E aí não ligaram mais. Não foi nem preciso BO

 

Se fôssemos mais bobinhos, a aposentadoria que levei 35 anos para conseguir ia sair pelo ralo!

 

2 - Dos 469 aniversários de São Paulo, 42 eu curti por lá mesmo. Tirando os quase dois anos que passei no Japão e os 25 que estou morando em Florianópolis, assoprei velinhas junto com a cidade neste 25 de janeiro. E alguns desses ‘assoprar velinhas’ – sete, por baixo – foram como repórter.

 

Um deles, como repórter, merece uma comemoração especial: foi em 1984, quando nasceu minha primeira filha, Mariana. Eu tinha ido com o saudoso fotógrafo Evanir (Gaúcho) cobrir pela Agência Folhas a comemoração oficial do aniversário no Pátio do Colégio. Na volta, a colega Catarina Arimatéia me avisou que minha mulher tinha ido para a Maternidade São Paulo, na Frei Caneca.

 

Mariana nasceu às 17h50, no instante em que o também saudoso Mário Covas discursava no histórico comício pelas Diretas, na praça da Sé. 

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