Apesar do título sugerir o contrário, são assuntos separados:
1 - Quando a gente menos
espera, é quando eles aparecem. Pensam que, por ser aposentado – e, consequentemente,
idoso – eles têm acesso irrestrito à minha credibilidade. E, como dizem que
parte da culpa das vítimas de estelionato é delas mesmas, creem ter em mim um
cúmplice.
Pois bem. Telefone fixo.
Alguém que se identificou como Antônio Gomes da Silva e funcionário da loja
Magalu do centro de Curitiba ligou ontem à noite e disse que um tal de Diego
Martins Ribeiro, que alegou ser meu sobrinho, tinha tentando comprar uma TV (no
valor de R$ 1.750,00) com um cartão de débito do Banco do Brasil associado ao
meu CPF (cujo número ele disse). Avisou que a loja não aceitou a compra e
sugeriu que eu entrasse em contato com o banco, para resolver a questão do cartão
clonado.
Logo em seguida, ligou
João Vitor, da mesma loja, contando a mesma história, mas mudando a TV para um micro-ondas
(R$ 398,76) e alegando que a tentativa tinha sido pelo site – como se as
compras pela internet e na loja física tivessem interligação. Sugeriu que eu
entrasse em contato com o BB através de um ramal interno da Magalu (!!!), que
minha ligação tinha de ser imediata porque o praxe da loja era bloquear até duas
compras, mas a terceira era simplesmente autorizada.
Eu disse que ligaria em
seguida – que raio de ‘ramal interno’ eu aceitaria usar, oras? Mesmo se
tentasse ligar do meu telefone, porém, a polícia nos ensina que os golpistas
seguram a ligação por cinco minutos, de modo a que você, se usar o telefone imediatamente,
continua nas garras deles. Portanto, se fosse ligar, seria bem depois.
E houve ainda uma terceira
ligação, também na sequência, denunciando a tentativa de compra de uma
cafeteira. Minha mulher, que atendeu, avisou que abriria um boletim de ocorrência
para denunciar o que estava acontecendo na loja e pediu o nome dele (ele
repetiu Antônio Gomes da Silva e disse que era gerente da Magalu) e o telefone
para contato, e ele deu um telefone de outro lugar. E aí não ligaram mais. Não
foi nem preciso BO
Se fôssemos mais bobinhos, a aposentadoria que levei 35 anos para conseguir ia sair pelo ralo!
2 - Dos 469 aniversários de
São Paulo, 42 eu curti por lá mesmo. Tirando os quase dois anos que passei no
Japão e os 25 que estou morando em Florianópolis, assoprei velinhas junto com a
cidade neste 25 de janeiro. E alguns desses ‘assoprar velinhas’ – sete, por
baixo – foram como repórter.
Um deles, como repórter,
merece uma comemoração especial: foi em 1984, quando nasceu minha primeira filha,
Mariana. Eu tinha ido com o saudoso fotógrafo Evanir (Gaúcho) cobrir pela
Agência Folhas a comemoração oficial do aniversário no Pátio do Colégio. Na
volta, a colega Catarina Arimatéia me avisou que minha mulher tinha ido para a Maternidade
São Paulo, na Frei Caneca.
Mariana nasceu às 17h50, no instante em que o também saudoso Mário Covas discursava no histórico comício pelas Diretas, na praça da Sé.
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